Os números da pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (IBRE-FGV) são desalentadores para os trabalhadores brasileiros mais escolarizados. Segundo ela, a queda nos rendimentos entre quem estudou por mais de 16 anos foi de 16,7% nos últimos dez anos, e com aumento da informalidade. Os dados que baseiam o estudo são da Pesquisa Nacional por Amostra Contínua (PnadC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A queda, no entanto, não chegou apenas àqueles com 16 anos ou mais de estudos, atingiu também outras faixas. Entre quem estudou de 12 a 15 anos, a queda foi 11,2%. Além disso, o impacto da escolaridade na renda tem diminuído ano a ano. Em 2012, o retorno positivo da educação chegava a 641% e, hoje, não passa de 353%.
Entre os motivos para a drástica redução do impacto da educação nos salários e no índice de formalidade está a abertura de postos de trabalho de baixa qualidade e pouco produtivos, o que força o público mais escolarizado a aceitar remuneração menor e empregos informais.
Segundo os pesquisadores, a causa do fenômeno é o desequilíbrio nas contas públicas. Nos últimos oito anos, a relação entre a dívida bruta do país e o Produto Interno Bruto (PIB) saltou para 74,1%, e a taxa de investimentos, também em relação ao PIB, caiu de 19,3% para 17,2%. Este cenário macroeconômico causa uma retração nos investimentos e, portanto, menor geração de empregos que requerem profissionais mais qualificados.
O lado “positivo”
Para os trabalhadores menos escolarizados, o movimento da renda foi inverso. De 2012 a 2023, a renda para quem estudou menos de um ano subiu 27,5% e houve uma pequena queda da informalidade, de 75,2% para 72,5%. A maior parte desse aumento aconteceu durante a pandemia, quando houve valorização da mão de obra disposta a trabalhar durante o isolamento social.
América Latina
[04/09/2023] América Latina pode ter “década achada”, diz Ilan Goldfajn (Investing) – o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o brasileiro Ilan Goldfajn, está otimista com a economia da América Latina. Segundo ele, há um aumento de demanda por produtos da região. “Falta [a região] não perder a oportunidade. Investir em infraestrutura, ter projetos, ter as regras do jogo claras, estabilidade. Em vez de ser uma década perdida, como foram tantas, será uma década achada. Você vai achar nesta década a oportunidade para o futuro“, disse.
Pescado
[02/09/2023] Tilápia: Recuperação dos preços para produtores indica novo cenário (AgroNews) – os preços da tilápia no mercado interno têm registrado uma recuperação para os produtores. Segundo matéria da AgroNews, os fatores envolvidos no aumento do quilo da tilápia são as mudanças nos hábitos de consumo e a escassez do peixe nativo. Como já apontado pela JubartData em 21 de agosto, o preço do produto registrou um aumento também no mercado externo, com um crescimento de 17,69% no preço médio de exportação em comparação a 2022.
[01/09/2023] 20ª Semana do Pescado começa hoje (1); Veja ações (Seafood Brasil) – A vigésima Semana do Pescado começou oficialmente na sexta-feira, 1º, e vai até o dia 15 com ações em todos os estados. A Seafood Brasil tem, no link, uma relação de algumas das ações previstas pelo evento em São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Para quem gosta de pescado, a semana é um prato cheio.